Com o alento,
Meu grito, meu mugido,
Caminhando bem atento.
Caminhando com pavor.
Sentindo o horror.
E tentando se esquivar da dor.
É aos solavancos, aos prantos
Que eu me esquivo do terror.
Procuro um lugar
Onde eu possa deitar e descansar.
Procuro um lugar
Onde haja ar puro pra respirar.
Mas não há.
Não há para onde correr,
Se esconder,
Se esconder da barbaridade,
Da maldade, da cidade
E da saudade, dá saudade!
Irmandade, já não se vê mais.
Generalização é o que faço
Neste momento, o tormento.
Irmandade, já é saudade,
Amizade, felicidade
Que é de? Quedê? Cadê você?
Não te vejo, e pelejo.
Passa morro, passa brejo
E aumenta essa tormenta.
Enfurece e apodrece.
Embravece e padece.
Quem dá: recebe.
Padece pela vida.
Padece pelo amor.
Não há caminho sem dor
E há espinhos numa flor.
E fico me perguntando
Aonde foi parar o amor?
-23/05/11- Éverson R.-